sábado, 14 de agosto de 2010

Não reaja!

Hoje fui almoçar no shopping, pois estava de plantão. Nos finais de semana o shopping é delas. Só delas. Elas estão por toda a parte: nos carrinhos, correndo, pedindo coisas, chorando, fazendo birra. Próximo ao MC Donalds, então, há uma infinidade delas. Das mais crescidinhas um pouco. Beirando seus nove ou dez anos.

Cheguei à praça de alimentação, equilibrando a bandeja em punhos firmes, no caso de ser atropelada por uma delas, e depois de alguns minutos sobrevoando a área com os olhos encontrei um lugar pra me sentar. Me organizei e comecei a saborear a comida japonesa que tinha me servido momentos antes.

O casal da mesa ao lado - bem ao lado mesmo, porque em shopping é tudo pertinho - se levantou. Eis que veio a tropa! Chegou uma moça empurrando um carrinho com um menino de uns três aninhos. Se acomodou deixando o tal do carrinho no meio do corredor de passagem. Depois chegou outra moça com outro carrinho e um bebê de colo nele, era uma menininha. Posicionou aquele trambolho no único espaço que ainda sobrava ao redor e pegou a criança em seus braços.

Percebi que as duas moças eram irmãs e que a primeira era tia do casal de pequenos. Chegou o pai logo na sequência, o avô, a avó... A algazarra estava feita. O pai disse que ia se servir logo para fazerem um "rodízio" com as crianças. A mãe, que já tinha esparramado aquelas bolsas de bebê sobre a mesa - e eram duas - pegou uma mamadeira e começou a servir o leitinho para a menina. A tia pegou uma cadeira daquelas altas para botar o menino, e congestionou ainda mais o lugar.

Depois, puxou a outra bolsa, tirou um pote de alunínio que continha algo parecido com arroz de cenoura e começou a dar comida pro moleque. Cada garfada que ia na direção do menino ele reclamava, fazia manha e metade ia pro chão. A tia passou a falar com ele com aquela voz de criança. Não adiantou. Ralhou com ele, então. Mas a cena se repetiu. E se repetiu. E se repetiu.

Aquilo, que já tinha começado a me incomodar um pouco antes, acabou ficando insuportável. Ainda bem que só restavam mais duas fatias de sashimi de anchova para eu acabar minha refeição - ainda tenho a mania de criança de deixar o que mais gosto pra comer no final.

Acabei, me levantei, recolhi meu lixo para levar ao local adequado e pensei, ainda sentada, em toda aquela situação. "Nossa, acho que estou um pouco mal humorada hoje. Deve ser porque eu terei de voltar para o serviço com essa tarde linda que faz agora aqui em Brasília. A culpa é do plantão", justifiquei comigo mesmo. "Afinal, que legal a família se reunir para ir com as crianças ao shopping. Tudo bem que eles poderiam ter feito um pic nic com a crianças em vez de ficar enfurnado em um lugar sem janelas. Até porque, o almoço dos pequenos foi levado", continuei a falar comigo.

Quando finalmente me afastei da mesa, pude ouvir ao fundo a voz de uma das moças: "Até que enfim a mulher se levantou. Achei que não fosse acabar aquele peixe nunca..." Ri e voltei a pensar com meus botões: "volte para o trabalho agora com a mesma serenidade com que veio almoçar. Não reaja".

Delação Premiada

Eu to impossível! Falou comigo pelo MSN eu publico mesmo! É como se fosse uma delação premiada, só que o prêmio é a diversão... Mas é que tem rendido coisas tão legais. Espiem a conversa com o papai, ontem à noite:

Flávio: Matheo hoje saiu pra pilotar o carrinho
Célia: ????
Flávio: Coloquei ele no carrinho, amarrei o cinto, e sai correndo com ele, uauahua
Célia: kkkkkkk  
          besta
Flávio: kkkkkkkkkkkkkkkk
           celinha
           o cofrinho do menino já está com 15 reais!!!!
Célia: ai, meu Deus!
          não torne o menino um mercenário
Flávio: coloquei na sala , todo mundo que visita tem que colocar alguma coisa nele
           uhahuahua
Célia: mas o mercenário é você
Flávio: eu não, tudo vai se reverter pro kart
Célia: já?
Flávio: tô com planos: assim que ficar em pé, já começa
Célia: e se ele preferir fazer um curso de gastronomia com esse $?
Flávio: nunca
Célia: mas você não pode interferir nisso
          a escolha tem de ser dele
Flávio: que menino não vai gostar de carro?! uhahuhauhauuha
           vou dar um empurrãozinho
Célia: ué... tem....
Flávio: um kart tá por volta de 3.000 ... isso vai render milhões no futuro
Célia: kkkkkkkk
Flávio: Celinha, faz as contas... juntando 100 reais por mês...
           1.200 por ano.. em 3 anos ele já tem o kart dele
Célia: mas é besta
Flávio: ele já me disse o que quer de presente de 1 ano, sabia?
            põe no blog.. ele quer um capacete
Célia: affff, vou por mesmo!

Os corujas

Disse Luis Fernando Verissimo:


"Minha neta abre os braços e diz “vovô!”, com ponto de exclamação e tudo, sempre que me vê. Como nos vemos várias vezes por dia, é uma emoção multiplicada. Quando perguntamos que horas são, ela olha o pulso e, invariavelmente, diz “cinco nove”. Não sabemos de onde ela tirou isto, mas, por via das dúvidas, estamos pensando em jogar na dezena. E quando... Eu sei, eu sei. Nada menos interessante do que gracinha de neto contada por avô, para quem não é o avô."

Aqui vai uma homenagem aqueles que já foram filhos, viraram pais e agora se transformaram em avô-ós. Que Matheo diga muitas vezes a eles "cinco nove" ou "três dez".... No fundo, tanto faz.














Tudo acaba em pizza


A gente bem sabe que muita coisa neste país acaba em pizza... Mas com o Matheo é diferente: tudo acaba em uma bela soneca. Mamãe acabou de me escrever há pouco dizendo que foi até o posto de saúde para tomar a vacina contra a pólio, o famoso "Zé Gotinha".

Kátia salientou que uma vantagem de se estar em Guaratinguetá é que se trata de uma cidade pequena: "tava vazio. Aqui é bom porque não tem fila, tumulto etc", comparou.

Mas voltando à pizza - digo, à soneca. Mamãe relatou que Matheo não se comportou muito bem durante a vacinação, não. "Fez cara feia, chorou, ficou vermelho de raiva... e dormiu."
Aí, moleque!

Zé Gotinha

O Papai acabou de me contar que a trupe está saindo atrás do Zé Gotinha. Ele disse também que Matheo desandou a chorar "que nem um doido". Daí eu falei pro Flávio explicar pro menino que é uma gotinha só, não é injeção. E que ele não precisa ficar chorando por antecedência...

A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começa neste sábado com o slogan: “Não vai esquecer a segunda dose, hein?”. As gotinhas devem ser dadas a todas as crianças menores de cinco anos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 115 mil postos participarão da mobilização em todo o País.

Na segunda etapa da campanha, a meta do ministério é imunizar 14,6 milhões de crianças (95%), meta mínima exigida dos menores de cinco anos. Para isso, foram distribuídos 24 milhões de doses da vacina. No total, somando as duas etapas, foram distribuídos 48 milhões de doses. A primeira fase da campanha, realizada em 12 de junho, imunizou 14 milhões de crianças.

Bebês - Pelo calendário básico de vacinação, os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Porém, é importante que todas as crianças menores de cinco anos (de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

Desde 1989, não são registrados casos da doença em território nacional. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) a certificação internacional de erradicação da transmissão da poliomielite.

Sobre umbigo e rosas

katia diz:
nem falei, o cordão umbilical caiu dia 10

celia diz:
me diga onde foi, como....


katia diz:
ah, fui fazer uma troca de fralda, lá no Rio, e já estava quase caindo.
Aí fiz o curativo, foi de madrugada, acho, aí caiu.
o Flávio guardou...

celia diz:
guardou???
arghhhh!!!
pra quê???

katia diz:
pra botar no álbum
tem muita gente que guarda...


celia diz:
nussa
que nem flor do roberto carlos?

katia diz:
por aí

celia diz:
ah tá