sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

News

Vó Laura me mandou um email outro dia, que só abri há pouco. Disse que o nosso garotão tomou mais uma vacina. “Acho que foi da meningite e, como sempre, é firme, não se abala.” Ela também disse que tinha outra novidade, que o tchutchuco está comendo banana amassada com suco de laranja, e gosta. E eu não sei? Foi a primeira refeição que euzinha aqui servi a ele lá em Cruzeiro, durante o Natal. A Vó disse ainda que Matheo continua cheio de prosa bate grandes papos... “Só acho é que está na hora de arrumarmos um tradutor...kkkkk."



Pois é, nada mal de informação, não é mesmo? E eu ontem, que liguei para Guará para ver se arrancava do povo alguma novidadezinha. Mínima que fosse. Nada. O Flavio foi monossilábico comigo ao telefone. Por email e msn, ele fala bastante, mas “viva voz” deixa a desejar... acho que são coisas de homens. Da próxima vez, terei que fazer como no trabalho: me preparar para fonte que não gosta de dar entrevista... rs

Em algum lugar do passado...

Hoje foi um dia de chuva em Brasília. Foi duro sair da cama. Foi duro passar o dia trabalhando. Pela manhã, coloquei uma saia rodada, umas botas e enfrentei o dia, pois, afinal, não havia outra saída. Me senti bem com o figurino escolhido e me lembrei de quando minha mãe foi me buscar algumas vezes no Coelhinho Branco em dias nublados.


Em algumas dessas ocasiões, saía de um Fiat 147 chumbo uma linda jovem trajando saia godê em xadrez marrom, bege e vermelho, botas de cano alto e uma blusa de gola rolê encarnada. Essa combinação foi utilizada em duas ou três ocasiões se não me engano e deixavam minha mãe linda. Para compor o visual nos dias que São Pedro não dá trégua, uma sombrinha, claro.

Adorava ver minha mãe com aquelas botas e saia um pouco abaixo dos joelhos, uma esbarrando levemente na outra ao caminhar. E olha que a Xuxa ainda nem sonhava em construir seu reinado naquela época. São memórias de infância. Talvez tenha falhado em um detalhe, em uma cor, mas é a imagem que ficou na cabeça de uma criança que estava entre 4 e 6 anos, pois o Coelhinho só tinha pré-escola no final dos anos 70.

Do meu pai, são fortes duas lembranças no quesito fashion. Uma era o tradicional branco de cima a baixo, por conta da profissão. Engraxamos muito aqueles sapatos. Aqueles e outros, de outras tonalidades. Preciso ser sincera, a Kátia atuou mais do que eu nessa tarefa visando à recompensa ao final do trabalho concluído.

A outra versão de seu Froufe eram os ternos. Como queria variar no dia-a-dia, deixava os escuros mais guardados no guarda-roupa e selecionava o caramelo, o verde claro ou o bege de segunda a sexta. Terno de verdade, daqueles feitos sob medida, cortados em alfaiate. Para unir a necessidade de usar branco com a vontade de trajar terno, chegou a mandar fazer um todo branco, com colete e tudo. Tipo coronel das antigas que quer manter a estica, mas não suporta o superaquecimento dos trópicos intensificado pelas cores escuras. Só faltava o chapéu. E a fazenda, claro.

Dias nublados me deixam assim, lembrando de coisas do passado.