terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dia do Carteiro

Mais uma dica do Menino Maluquinho:

"É impressionante como os cachorros não gostam dos carteiros. Mas eu acho que a culpa é dos donos. Tudo porque são os carteiros que trazem as contas a pagar. Os coitados andam pra caramba e ainda têm que correr de cachorro. Eta, profissão difícil! Outra coisa: você sabia que os tropeiros são considerados os primeiros carteiros do Brasil? Mas isso é outra história."

Quem quiser conhecer o site do menino criado por Ziraldo, basta clicar no link que fica permanentemente neste blogo, abaixo à esquerda.



Sampa


Hoje é aniversário de São Paulo, essa cidade única. 
Aqui vai uma singela homenagem para um local que ferve e pelo qual sou apaixonada desde criança. Era novinha ainda e queria morar lá. Quando chegava de carro, tudo chamava atenção. Mais velha, muitas vezes era caminho até Campinas, onde fazia faculdade. Ao passar por lá, os olhos não podiam deixar escapar nada. SP é intensa!





De Caetano Veloso, Sampa:

     Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa