domingo, 6 de junho de 2010

Era uma vez

É com os olhos cheios d´água, no meio da redação do Estadão, que publico este post.

Era uma vez
um menino franzino,
cheio de vontade para vencer...
e sua grande caminhada estava a acontecer.

Num possante navio, o oceano atravessou
e num outro continente a âncora afundou.
Foi tão deslumbrante tudo que via,
tão maravilhoso aquele raiar do dia
que antes de acabado, por aquelas terras ficou apaixonado.

A beleza dos coqueiros as cubatas de além mar
o som dos surdos e pandeiros acabaram de o enfeitiçar
sua vida de nômade estava-se a iniciar.
Foram muitas as caminhadas,
percorrendo horizontes sem fim.
as terras do fim do mundo (Kuamato) era pertinho...já ali.

O tempo foi passando,o menino foi crescendo...
outros amores despertando e o menino amadurecendo.
Com a Avó se casou, mais caminhos trilharam
sempre numa firme labuta, mesmo assim se amaram.

Sua tia nasceu num dia de guerra ímpar
foi a africana mais loira que comecei a amar
todo mundo fugia de uma guerra tribal
sua avó e tia foram para Portugal.

Algum tempo depois num dia de céu anil
Um avião me trouxe até este Brasil.
A labuta foi uma constante tudo para recomeçar
até sua avó e tia, a Portugal fui apanhar.

A vida recomeçou, tudo estava bem
quando para nos alegrar de novo,chegou sua mãe.
bem me lembro da tez morena ,uma menina bem pequena
logo logo começou a andar.

Eram miríades suas fantasias, com uma capa queria voar
quando olhava gibis,as gargalhadas ficavam no ar
sem nada entender, só tinha 4 aninhos...
não sabia lermas os desenhos sabia interpretar
Um dia me assustou não queria mais estudar
não queria ir à escolinha por que os gibis já sabia ler e desenhar.

Foram tantas as surpresas...e tantas as alegrias
falta só brincar contigo para ter todas as minhas fantasias.
Mateus te esperamos e já te amamos.

O Avô rabugento

Oileclos

Um comentário:

  1. Legal,muito legal.As lagrimas rolaram no rosto do nosso Oileclos. Palmer

    ResponderExcluir